VII FÓRUM, 2012


VII FÓRUM, Salvador, 2012


DOCUMENTOS 

Fonte: http://pt.scribd.com/viiforumdeea/documents

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Contribuição Inicial das Redes
Relatório


MEMÓRIA DA REUNIÃO DOS FACILITADORES DAS REDES DA MALHA DA REBEA - VII FÓRUM BRASILEIRO DE EDUCAÇÃO AMBIENTAL 
Salvador, 31 de março de 2012

I. Redes presentes:
REA São Carlos
REABA
REAJO
REA-LAGOS
REAMS
REAN-LESTE
REA-PB
REARJ
REARN
REARO
REASE
REASO
REASUL
REBECA
RECEA
Rede Amazônica de EA
Rede Cerrado de EA
Rede de EA de Rondon do Pará
Rede de EA Estrada Parque
Rede de Educadores Ambientais da Baixada de Jacarepaguá
Rede de Educadores Ambientais da Baixada Fluminense
Rede do Lago
Rede Gaúcha Integradora
Rede Linha Ecológica
Rede Litoral Norte
Rede Nordestina de EA
REIA-GO
REJUMA
REPEA
RMEA
RUPEA

Obs. As redes IIDEA, EALatina e REACOMAR não puderam estar presentes por estarem seus facilitadores em atividades paralelas , mas informaram que apóiam os encaminhamentos desta reunião.

II. Histórico
As redes presentes, através de seus legítimos Facilitadores, indicados por estas, informam o histórico abaixo relacionado a 5 (cinco) eixos:

  1. REBEA
Questões assinaladas:

a. A REBEA, a partir dos consensos estabelecidos nos últimos encontros de “gestão” é uma rede de redes, ou seja, o que se denomina Facilitadores da REBEA são os Facilitadores das redes de sua malha, que em 2012 contam com cerca de 60 redes territoriais e temáticas.
b. a lista de discussão da REBEA é uma lista aberta a qualquer educador ambiental, mas não é a rede, pois a REBEA se estrutura a partir de suas redes.
c. Para se vincular à malha da REBEA as redes devem informar na lista de discussão que aceitam: o Acordo de Convivência, a Carta de Princípios (Tratado de Educação Ambiental de 1992) e a Carta da Praia Vermelha (Tese Política elaborada em 2009 durante o VI Fórum).
d. Desde o Encontro de “gestão” em 2008, a REBEA suspendeu as atividades de sua Secretaria Executiva e da denominada Lista da Facilitação Nacional.

2. Encontros da REBEA
Deve-se ter claro que existem três dimensões quando se utiliza o termo Encontro da REBEA:

a. A dimensão de discussão, reflexão, capacitação para o trabalho em rede, empoderamento, formação política, diálogos inter-redes - que podem se dar em quaisquer espaços (de encontros de EA,conferências ,acadêmicos,políticos,de confraternização,mobilização, presenciais e virtuais), mas que necessariamente devem existir durante os Fóruns Brasileiros de Educação Ambiental. Esta dimensão, no que se refere aos Fóruns deve necessariamente ser construída de forma participativa e colaborativa com a rede, através de sua lista de discussão e das listas de discussão das redes da malha.

b. A dimensão de decisão acerca dos Fóruns Brasileiros de Educação Ambiental – que devem existir necessariamente durante as Plenárias dos Fóruns Brasileiros de Educação Ambiental

c. A dimensão de “gestão“ – que são encontros de decisão acerca da gestão da rede, que devem ocorrer necessariamente “fora” da programação dos Fóruns Brasileiros de Educação Ambiental.

Com relação à esta dimensão os Facilitadores presentes indicam que é necessário corrigir-se informações que estão circulando em meios virtuais, que afirmam que esta dimensão de “ decisão sobre a REBEA” foi retirada do VII Fórum , por alguns facilitadores. Os fatos são: desde o IV Fórum as decisões acerca da “gestão” não são efetivadas nas Plenárias dos Fóruns. Assim, entre o IV (Guarapari) e o V (Goiânia) Fóruns decidiu-se acerca de gestão em encontros promovidos pela então Secretaria Executiva EcoPantanal,(tendo como secretária a senhora Viviane Amaral). No V Fórum apenas se decidiu acerca da mudança da Secretaria Executiva que passou a ser a Ecomarapendi (tendo como secretária a senhora Patrícia Mousinho) e decisões sobre o VI Fórum. Entre o V e o VI Fóruns decidiu-se sobre gestão da rede em dois encontros, o último em 2008. Neste encontro de 2008 foi cogitado de que esta dimensão de “ decisão sobre gestão da rede” pudesse se dar conjuntamente com o VI Fórum, para minimizar recursos. Foi tentada uma metodologia para isso, com atividades chamadas Encontro da REBEA em todos os dias do Fórum. Porém, na Plenária do VI Fórum os presentes consensuaram que este recurso não deu certo e definiram pelo retorno à tradição anterior de que estes espaços de decisão sobre gestão ocorreriam “fora” do VII Fórum. Foi organizado um GT coordenado pela REARJ para organizar , então, este encontro, que ainda não ocorreu por falta de recursos. 
Importante sinalizar que foi pensado por Facilitadores das redes e a coordenadora geral do VII Fórum a possibilidade de antes ou depois do VII Fórum este encontro ocorrer, mas não foi possível, também por falta de recursos que viabilizassem a estada dos Facilitadores das Redes por mais dois dias.

3. Decisões
As decisões concernentes à REBEA são definidas em espaços presenciais e virtuais:

- decisões acerca de gestão – nos Encontros de “gestão”
- decisões acerca dos Fóruns – nas Plenárias dos Fóruns
-decisões conjunturais, que não firam as orientações e encaminhamentos dos encontros de gestão – através da lista de discussão.

Obs. Hoje existem vários espaços virtuais abertos que são importantes canais de discussão e encaminhamentos, mas deve-se salientar que, de acordo com os consensos estabelecidos, as decisões, até encaminhamento contrário, devem passar pela Lista de Discussão.


4. Espaço da REBEA nos Fóruns Brasileiros de Educação Ambiental

Questões assinaladas:

a. os Fóruns Brasileiros de Educação Ambiental são encontros de educação ambiental que possuem uma característica essencial: são encontros da REBEA e de suas redes

b. As redes da malha da REBEA devem são protagonistas em todo o processo de construção dos fóruns (decisão reiterada no Encontro de “gestão“ em 2008 e na Plenária do VI Fórum)

c. As redes organizadoras dos fóruns devem ter como princípio a captação e gerenciamento de recursos visando de forma preponderante: a participação de pelo menos 2 facilitadores de cada rede da malha da REBEA; a organização do espaço das redes ( stands ) de forma a constituir-se um espaço privilegiado , inclusive territorialmente, nos fóruns; a organização de atividades de discussão e reflexão sobre a rede com a participação, desde sua construção, das redes da malha; a organização de espaços temáticos sob a coordenação das redes  ( que no V e no VI Fóruns foram chamados de Jornadas Temáticas); a coordenação da seleção de painéis, minicursos e oficinas sob a coordenação de rede ou de redes da malha.

5. Decisões da Plenária do VI Fórum Brasileiro de EA

Os consensos principais estabelecidos na Plenária do VI Fórum Brasileiro de EA (2009,RJ) e que deveriam embasar a construção do VII Fórum Brasileiro (Salvador), foram:

  1. O VII Fórum seria em Salvador, coordenado pela REABA.
  2. A REABA teria como redes parceiras na organização do VII Fórum a REMTEA (coordenando a      Comissão Temática) e redes que seriam os elos de diálogo entre a Coordenação e a REBEA/redes de sua malha na construção participativa do Fórum.
  3. Os objetivos locais do VII Fórum seriam: o fortalecimento da REABA e o fortalecimento das redes nordestinas
  4. O VII Fórum teria como orientação política a Carta da Praia Vermelha e a continuidade dos Diálogos Inter-redes iniciados no V Fórum e consolidados no VI Fórum.
  5. Os eixos do VII Fórum seriam: Fortalecimento da REBEA e suas redes; II Jornada Internacional de Educação Ambiental e a Rio+20.
  6. O Espaço das Redes (stands) teriam continuidade.
  7. Os espaços de Jornadas Temáticas ou outra atividade similar teriam continuidade, sob a coordenação das redes.
  8. A Inclusão seria mais enfatizada
  9. A gestão de resíduos deveria ser melhor organizada.

III. Avaliação sobre o VII Fórum Brasileiro de EA (Salvador)

1. Com relação aos consensos estabelecidos no VI Fórum:

A REABA teria como redes parceiras na organização do VII Fórum a REMTEA (coordenando a Comissão Temática) e redes que seriam os elos de diálogo entre a Coordenação e a REBEA/redes de sua malha na construção participativa do Fórum

Não foi possível ter-se informações acerca da não participação da REMTEA na coordenação da Comissão Temática.
As redes que se colocaram à disposição na Plenária do VI Fórum para serem os elos de diálogo entre a Coordenação do VII Fórum e a REBEA/redes de sua malha (como a Linha Ecológica, a REARJ, a REASUL, dentre outras) não foram formalmente contactadas. Esta situação poderia ter sido resolvida se efetivamente existisse na equipe de organização do VII Fórum alguém que efetivamente estivesse envolvido na dinâmica da REBEA, para que a Programação efetivamente tivesse a identidade de um Fórum Brasileiro de EA e não de um Encontro de EA apenas.
Integrante da REARJ participou de uma primeira enquete entre as redes, apenas relacionada aos temas.

Os objetivos relacionados às redes no VII Fórum seriam: o fortalecimento da REABA e o fortalecimento das redes nordestinas

Com relação ao fortalecimento da REABA, têm-se posicionamentos divergentes de integrantes desta rede e Coordenação e equipe do VII Fórum. Os Facilitadores das redes presentes crêem que esta discussão deve ser apenas de âmbito da REABA.

No entanto, com relação ao fortalecimento das redes nordestinas, os Facilitadores presentes afirmam que em nenhum momento a coordenação do VII Fórum acatou esta orientação. Representantes da REARJ e REIA-GO, inclusive, apontaram esta necessidade para a coordenação do VII Fórum em dezembro de 2011. Redes nordestinas presentes informaram que, surpreendentemente, apenas souberam dos prazos para enviarem seus facilitadores por outros facilitadores de outras redes e não pela organização do evento.


O VII Fórum teria como orientação política a Carta da Praia Vermelha e a continuidade dos Diálogos Inter-redes iniciados no V Fórum e consolidados no VI Fórum.

Carta da Praia Vermelha, que deveria ser o arcabouço pelo qual toda a programação deveria ser construída sequer foi objeto de disseminação entre os educadores ambientais presentes ao VII Fórum. Em nenhum momento a Carta foi objeto de apreciação, discussão e encaminhamentos. A Carta , como Tese Política da REBEA, é a bandeira da rede na Cúpula dos Povos na Rio+20 e por conseguinte um Plano de Ação poderia ter sido o produto final do Fórum.

Novamente os Facilitadores presentes indicam que esta situação decorreu da não existência de pessoa na coordenação do fórum que “ vivesse” a rede e da construção muito pouco participativa do VII Fórum , pois se esta discussão tivesse sido enviada à lista de discussão da rede decerto as redes da malha saberiam orientar a coordenação neste sentido.

No que se refere aos Diálogos Inter-Redes iniciados no V Fórum e fortalecidos no VI Fórum os Facilitadores lamentam a falta de perspectiva política da coordenação do VII Fórum, ao não perceber a importância da continuidade destes diálogos e desconsiderar a orientação legítima da Plenária do VI Fórum. Anos de diálogos e construção de consensos possíveis para uma agenda de lutas entre redes e coletivos como a REBAL, o FBOMS, a Rede Ecossocialista, dentre outros, foi desconsiderada, num momento crucial para o campo ambientalista, como é a Rio+20, notadamente a Cúpula dos Povos.


Os eixos do VII Fórum seriam: Fortalecimento da REBEA e suas redes; II Jornada Internacional de Educação Ambiental e a Rio+20.

Eixo Fortalecimento da REBEA – os Facilitadores das redes da malha da REBEA consensuaram que não houve ações efetivas no VII Fórum para este eixo. Apenas houve uma Oficina – Café Social – que seria uma apresentação de uma metodologia capaz de fortalecer as redes da malha, mas que foi construída sem a participação efetiva das redes e gerou enormes conflitos, pois no início foi imaginada como um “fórum de decisões” acerca da rede, o que contrariava consensos estabelecidos na Plenária do VI Fórum como já assinalado acima. Os stands das redes eram na verdade Painéis (que pareciam que foram deslocados da seção de Painéis), sem a mínima estrutura necessária para um verdadeiro espaço das redes, e territorialmente não estavam como centrais, o que  contraria a identidade do que é um Fórum Brasileiro de EA. As mesas e conferências não foram pensadas com as redes da malha, tendo sido a programação apenas apresentada 3 dias antes. A coordenação não inseriu espaços efetivos sob a coordenação das redes (como as Jornadas Temáticas dos dois Fóruns anteriores) e as mesas de diálogos sobre a Rio+20 deveriam ter como centralidade as redes que trabalham na perspectiva de cada um dos temas elencados. A alegação de alguns integrantes da coordenação de que “facilitadores” tensionaram para que não houvesse um “encontro da REBEA” durante o VII Fórum incorre no erro de não se entender o que seria o Encontro da REBEA num Fórum, assinalado acima (item II, ponto 2). Uma das questões mais referenciadas pelos facilitadores foi o fato de que a presença de grande parte dos Facilitadores das redes da malha da REBEA no VII Fórum só foi possível por um trabalho de mobilização de outros facilitadores, pois muitas redes não receberam o chamamento. A dúvida é se a coordenação do VII Fórum em algum momento “ousou” elencar critérios para a presença das redes no Fórum, apontando as que mereciam estar ou não, o que contraria os acordos estabelecidos. Os Facilitadores lembram que as redes são processos sociais fluidos e uma rede pode estar até fragilizada em determinado momento, mas um Fórum de EA tem, inclusive, este papel de fortalecer as redes.

Eixo II Jornada Internacional de Educação Ambiental – a coordenação do VII Fórum transformou este “eixo” em “tema”. A Jornada se transformou em uma Mesa Temática que colidia, inclusive, na Programação, com outra mesa em que estava a Coordenadora do VII Fórum. A proposta original é que a II Jornada seria a grande aposta da REBEA e suas redes para a RIO+20, tanto em sua dimensão oficial quanto na Cúpula dos Povos. Para isso, seriam necessárias atividades, espaços, mesas em que os princípios do Tratado fossem discutidos e a proposta principal da Jornada, a revisitação do Plano de Ação fosse apropriada pelos educadores ambientais presentes. Foi constrangedor o que ocorreu, inclusive a Jornada não teve sequer um stand. Novamente a falta de diálogo entre a coordenação e as redes da malha ocasionou este equívoco que desempodera a Jornada e a REBEA na Cúpula dos Povos.

Eixo Rio + 20 – a Coordenação transformou este eixo em tema. As mesas “com especialistas” foram interessantes, mas:
- apresentaram uma discussão sobre a perspectiva da Conferência Oficial e não da Cúpula dos Povos. A Cúpula dos povos deveria ter sido priorizada na organização das mesas, nos seus eixos, pois é o espaço da sociedade civil, onde a REBEA e as redes de sua malha estarão.
- mesmo levando em conta a priorização da Conferência Oficial, a mesa sobre Governança e Economia Verde teria de ser eixo de todas as mesas, pois a Rio+20, na sua dimensão de Conferência Oficial está organizada nestes eixos e não em temas. Os temas serão debatidos a partir destes eixos.
- as redes deveriam estar como centrais em cada uma das mesas. Facilitadores na reunião deram um exemplo significativo: na mesa com o tema recursos hídricos deveriam ter sido chamadas as redes da malha da REBEA que trabalham nesta perspectiva como a Rede Ecosurfi, a REACOMAR, a REPEA, a REAJO, a REA-LAGOS, etc..., pois o Fórum é um encontro da REBEA e de suas redes e não um Encontro de EA qualquer.

- A Carta da Praia Vermelha deveria ser o norteador de toda a discussão, de forma a apresentarmos produtos inseridos em seus princípios.

- Foi constrangedor o fato de que os Facilitadores das redes da malha da REBEA que integram o Grupo de Articulação (GA) da Cúpula dos Povos, legitimamente indicados para esta função, não terem sido convidados a integrarem uma mesa em que informariam aos educadores ambientais presentes, mas principalmente aos enredados, questões relacionadas à Cúpula e, principalmente, uma prestação de contas sobre sua atuação no GA. E-mail solicitando informes à Coordenação sobre como seria organizado este espaço foi enviado e não houve resposta. E o que se viu foi uma desconsideração com relação à estes Facilitadores e aos consensos estabelecidos na rede. Estes Facilitadores tiveram que solicitar ao senhor R. Born, que tinha uma mesa sobre o tema, que pudessem em poucos minutos prestar contas de sua atuação, o que leva a REBEA à patamares frágeis diante dos coletivos que integram o Grupo Articulador da  Cúpula dos Povos.

2. Outras considerações

- as redes da malha da REBEA e seus facilitadores deveriam ter sido mais incisivos durante a construção do VII Fórum, de forma a evitar os equívocos da coordenação no que se refere, principalmente, à pouca importância dada aos consensos estabelecidos

- a coordenação do fórum, infelizmente, organizou-o como um Encontro de Educação Ambiental, que foi bom, como todos os encontros presenciais o são, propiciando diálogos, conhecimentos, informações, congraçamento,encontros e reencontros, mas não como um Fórum Brasileiro de Educação Ambiental, onde a centralidade seriam as redes da malha da REBEA e que para além da dimensão propriamente “ pedagógica” a dimensão “ política” deveria ser enfatizada.

- o Fórum não teve uma identidade clara, principalmente no que se refere às lutas sociais e á ideologia hegemônica excludente, razão de ser da presença da REBEA na Cúpula dos Povos.

- a questão da diversidade não foi efetivamente realizada na Programação, que foi centrada na perspectiva acadêmica e governamental.

- a proposta do Café Social é boa, mas apenas como uma proposta de metodologia a ser utilizada nas redes de educação ambiental para construção de consensos nas redes, e não pode ser chamada de um espaço “da REBEA”. Além disso, para que a atividade fosse pertinente teria que ser em horário que não colidisse com outras atividades onde efetivamente os facilitadores estariam presentes como os encontros paralelos.

- os encontros paralelos foram pensados todos em um mesmo horário, o que evidencia a não percepção da coordenação de que as redes e seus facilitadores integram vários dos espaços políticos que foram temas dos encontros paralelos.

- a questão da inclusão, que integra a Carta da Praia Vermelha, foi totalmente ignorada no VII Fórum.

- a Coordenação não disponibilizou um espaço/tempo efetivo de avaliação do VII Fórum, pois a atividade “Colheita” foi pensada apenas na perspectiva de sistematização das atividades realizadas.

- o espaço do Facebook foi excelente instrumento, mas a coordenação não poderia prescindir de ir aos “territórios “ das redes, que são as listas de discussão destas redes e os e-mails dos seus facilitadores


3. Consensos estabelecidos

- Os Facilitadores presentes apóiam a realização do VIII Fórum no Pará. Este indicativo deverá ser ratificado na Plenária. Seguindo o consenso estabelecido no V Fórum (Goiânia), de que os próximos fóruns seriam nas regiões em que estes ainda não tivessem sido realizados, o IX Fórum será na região Sul e as redes Linha Ecológica, REASUL e REAGI já colocaram sua disponibilidade de o organizarem. A REAMS apresentou a proposta de que o X Fórum seja no Mato Grosso do Sul. Observação: a Plenária ratificou a realização do VIII Fórum no Pará e do IX Fórum na região Sul.

- Os organizadores dos próximos fóruns devem ter como ponto crucial a construção democrática e participativa destes, construindo instrumentos de diálogo permanente com as redes, notadamente enviando informes às listas de discussão das redes

- O documento final do VII Fórum, proposto pela organização, deverá ser sistematizado tendo em vista os princípios da Carta da Praia Vermelha e deverá ser encaminhado às redes da malha que integram o GA da Cúpula dos Povos ( REARJ, REIA-GO e REJUMA) , para que estas encaminhem oficialmente à este GA. Observação: este encaminhamento foi aprovado na Plenária Final

- Seguindo os consensos estabelecidos na reunião deliberativa da rede em 2008 , espaços políticos em que a REBEA está inserida, deverão ser ocupados, na medida do possível, pelas redes organizadoras do VIII Fórum , com forma de empoderamento destas.

- Os espaços virtuais da REBEA devem ser urgentemente repensados: o site deve ser um portal colaborativo; o site Mídia Social deve ter seu gerenciamento efetivamente horizontalizado entre as redes que integram a REBEA, que deverão indicar jornalistas para isto. Criou-se um Grupo de Trabalho para reflexão sobre as Plataformas Virtuais da REBEA: Diego (REPEA), Jacqueline (REARJ), Pedroso ( Rede Estrada Parque), Adrielle ( REJUMA), Diogo ( REIA-GO), Marcos ( REIA-GO).

- A próxima reunião Deliberativa da REBEA será durante a Cúpula dos Povos na Rio+20 e na seqüência,em Goiás, organizada pela REIA-GO ainda em 2012.

- As redes fortalecerão os Comitês Estaduais da Cúpula dos Povos e se integrarão na mobilização para a criação destes onde não existirem

- O Fortalecimento das redes da malha da REBEA na Cúpula dos Povos se dará efetivamente se ações simultâneas à Cúpula, ocorrerem em todos os territórios, no mesmo período. Uma primeira ação, encaminhada pela REAMS, é a de ações concomitantes no dia 22 de abril.



CARTA DA REABA PARA TODAS AS REDES DE EDUCAÇÃO AMBIENTAL DA MALHA DA REBEA, PARCEIR@S, APOIADOR@S, AMIG@S E EDUCADOR@S AMBIENTAIS DO BRASIL
Salvador, 03 de abril de 2012

Fonte:  https://groups.google.com/forum/?hl=pt&fromgroups=#!topic/RECEA/30xk-aHMe8c

A Rede de Educação Ambiental da Bahia -REABA responsável pela construção e organização do VII Fórum Brasileiro de Educação Ambiental manifesta aqui alguns pontos considerados importantes para o conhecimento de todas as Redes de Educação Ambiental da malha da REBEA, conforme descrito a seguir:

1) Agradecemos a cada pessoa, cada ELO, cada Rede que se envolveu e contribuiu no processo de construção do VII Fórum, ressaltando que chegamos nessa realização graças a dedicação, comprometimento, confiança, engajamento, sonhos e ações de vocês que dão vida/existência a REBEA.

2) Assumimos com alegria, esperança e comprometimento a construção de todo o processo do VII Fórum Brasileiro de Educação Ambiental. Nessa construção, nos sentimos legítimos para nos pronunciarmos em nome da REABA, assim, como nos sentimos legítimos para construir o VII FBEA o qual assumimos em 2009 no VI Fórum. 
3) O processo de construção passou primeiramente pela própria articulação e fortalecimento da REABA. Neste processo construímos o delineamento inicial da estrutura metodológica e dos eixos do VII FBEA, resultando na proposta da programação, sem nunca perder de vista os documentos referências que nos norteiam, como o Tratado de Educação Ambiental para Sociedades Sustentáveis, Carta da Terra, além da Carta da Praia Vermelha resultante do VI Fórum. E foi a partir disso, que chegamos ao VIIFBEA com a cara de todos que se envolveram e também com a cara da Bahia, que trouxe fortemente suas tradições, cultura, políticas públicas, comunidades tradicionais, RESEXs , além de suas inúmeras produções. 
4) Ainda dentro do processo de construção do VII FBEA, destacamos que a REABA articulada realizou 2 Oficinas presenciais, inúmeras reuniões de grupos de trabalho, Oficinas preparatórias para o VIIFBEA, mobilização social, manifestações e atos populares em Salvador, além de muitas articulações para que de fato a inclusão social acontecesse durante o evento. Todo este processo coordenado, articulado e executado pela REABA contribuiu para a realização do VII FBEA, como também, para aquilo que nós educadores ambientais da Bahia tanto sonhamos: o fortalecimento da REABA e esperamos que de outras Redes também. 
5) Assumimos as falhas, os defeitos, as críticas, as humanidades presentes num Fórum tão cheio de idiossincrasias, riquezas e belezas...Controvérsias, paradoxos e ortodoxias. Sem a pretensão de justificar qualquer erro, anormalidade ou insatisfação, manifestamos aqui publicamente, que a REABA em sua singeleza e protagonismo autônomo desempenhou o seu melhor. Desenvolveu dentro de todas suas limitações físicas, materiais, financeiras e humanas aquilo que acreditou ser um sonho para a Educação Ambiental no Brasil, ou seja, um VII Fórum dialogado e aberto para todas as áreas, setores e atores em conexão com a diversidade que nos compõem, num processo de acolhimento aos que chegavam. 
6) Com a clareza da importância e necessidade de avaliação processual e de resultados, a REABA, juntamente, com a Comissão Organizadora, elaborou instrumentos avaliativos para alimentar este processo, cujas análises e reflexões serão sistematizadas no relatório final. 
7) Informamos que durante toda a construção do VIIFBEA tivemos grandes problemas para a captação de recursos financeiros, o que dificultou em demasia a concretização das ações previstas em nosso planejamento. Tivemos como grande parceira a SEMA-BA, porém ainda assim, vivenciamos o tempo todo na “corda bamba” para equilibrar as inúmeras atividades de logística, comunicação, mobilização, captação de recursos, administração financeira e de pessoal, entre outras coisas. Ainda hoje, nos encontramos na busca pelos recursos financeiros para fecharmos as contas apresentadas. 
8) Por fim, salientamos que a Coordenação Geral do VII FBEA foi legítima e a Comissão Organizadora se compôs a partir do acolhimento de mão dupla daquel@s que voluntariamente se dispuseram a dedicar seu tempo a operacionalizar os sonhos e planejamento organizado pela REABA em conjunto com as redes da malha da REBEA. Aprimorar é o que queremos e neste momento o que fizemos foi o nosso melhor, porque fomos inteiros e intensos no que nos propusemos a fazer. 
Erika Almeida 
Débora Menezes 
Isabelle Blengine 
Lu Bezerra 
Edilene Paim 
Ana Carla Rocha 
Sueli Silva 
Valdemiro Conceição 
Dalvaci Santiago 
Breno Pessoa 
Miriam da Silva 
Maria Cristina Vieira 
Susan Manjula 
Colégio Estadual HCM/IAPI, 
Colégio Estadual Des. Julio de Santana 
Colégio Estadual Luis Rogério de Souza, 
Colégio Estadual de Vila de Abrantes (CEVA) 
Escola Estadual Suzana Imbassahy 
Colégio Estadual Luiz Viana 
Colégio Estadual Frederico Costa 
Colégio Estadual Pinto de Aguiar 
Educomunicador@s das Oficinas Preparatórias do VIIFBEA